Projeto feito ainda quando estudantes, com apoio dos melhores profissionais e muita pesquisa do grupo. Abrangeu todo o processo de produção de um edifício em altura, do desenho do canteiro de obras junto aos engenheiros ao projeto do estande de vendas+escritório de obra. Permitiu-nos acompanhar a tecnologia então inovadora de formas de concreto com mesas modulares erguidas por guindastes, estando na obra em troca constante com suas equipes, até as vendas das unidades, possibilitando um aprendizado que enformou toda nossa vida profissional adiante.

Situado numa rua tranquila junto à praça Cidade de Milão, próximo ao Parque do Ibirapuera, o terreno permite vistas também para o espigão da Paulista. Essa condição orientou a distribuição dos ambientes na planta, de 1 apartamento por andar, e do bloco do edifício no terreno, configurado com uma estrutura de concreto armado de pilares na periferia de lajes nervuradas, com vigas de transição no primeiro andar, assim solto do piso térreo por vãos livres entre grandes pilares e coroado na cobertura por lajes curvas em um teto-jardim. Essa estrutura criou uma planta adaptável que atendeu às necessidades de famílias com hábitos de moradia diversos. O paisagismo ocupa toda a laje do térreo, buscando ligar esse piso às ruas lindeiras por meio de vistas amplas para moradores e passantes. Com isso não se congestionou o térreo com atividades de lazer que, no entender dos arquitetos, pertencem à gama de riquezas que a vida urbana oferece. O projeto, por recuperar algo da generosidade da arquitetura brasileira dos anos 1960/70, se diferenciou com sucesso dos empreendimentos para este mercado na região à época, o que animou os empreendedores a dar sequência a mais incorporações com o mesmo teor.

– ouvindo rita lee, ‘ovelha negra’.